06/01/10

Amor Nocturno Subaquático (29 Abril)

Vieste de madrugada quando eu já estava sóbria. 
As veias quase saltavam do teu braço, quase
rompiam a pele, tão inchadas e azuis. Eu acendi um
cigarro de mentol e apercebi-me de que o meu romance
não tinha futuro.
Pensei em Greene, pensei em Cunningham,
em Palahniuk, pensei no teu sexo vertendo os meus
sonhos. Mas nada.

As palavras junto de ti esvaíam-se em desejo.
Os teus lábios cheiravam a baunilha dentro
da minha cama e sorrimos até o sol raiar.
Os meus pés contra os teus pés. A pedalar o sono.
 


 Amor          Nocturno          Subaquático

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