25/03/11

O Erro

Seria maravilhoso se pudéssemos amar os nossos erros. Não conheço invenção mais maquiavélica que o sentimento de culpa. É capaz de nos triturar sem que consigamos sequer aprender com as consequências das nossas escolhas.
Seria maravilhoso se pudéssemos amar as feridas. As que inflingimos. Como o degrau essencial para que possamos evoluir. Sabes, neste preciso momento a culpa ata-me os dedos, impedindo-os de escrever. Faz um nó da minha mente, embacia-me o olhar. Mas dentro deste fogo de repressão eu quero dizer. Eu quero falar. Quero que fique escrito.
Abençoado seja o degrau. Abençoado o meu erro. Que me ergue a olhar de frente os horizontes da minha liberdade. Que me transporta de volta para dentro deles e me ensina a não voltar a transgredi-los. Pois deverão apenas irradiar sobre os outros para os libertar também.

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