05/06/10

Eventualidades



Fomos até à varanda. Eu estava a fumar e ela entretia-se a cheirar os cantos enchuvados das grades. Perguntei-lhe, de súbito

- E só isto?

Ao que ela respondeu insurpreendida

- É só isto.

Desconcertada, desatei a rir

- É mesmo só isto?

E ela tornou, a gargalhar com a língua

- É mesmo só isto!

Caiu o silêncio. Vim eu para dentro, um pouco assustada, enquanto ela se contentou em ficar a ladrar para o vento apaixonadamente.

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