Quando vocês decidem chegar, todos os caminhos ofegam. O meu império curva-se numa vénia interminável à vossa passagem. O meu mundo é uma virgem de pernas escancaradas.
Abro-vos as minhas portas, a minha mente. Bate frenético por vós o meu coração, desde o primeiro instante. Ainda nem mexeram os lábios e são já profetas, ainda não me pegaram na mão e são já milagreiros.
Vivemos tempos de chuva, horas injustas. Eu gritei por vós, defendi a candura, o amor que via nos vossos olhos.
Para quê?
Para me saber tão amada que me vejo sozinha. Para me saber tão boa que me vejo apodrecida. Para me saber tão protegida que rebolo aos trambolhões em direcção ao amanhã.
Obrigado, amigos.
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